A pobreza na Argentina atinge 38,7% da população, segundo Pesquisa Permanente de Domicílios divulgada pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos). É um aumento de 4,5 pontos percentuais em relação a 2022. Os dados dizem respeito ao 1º trimestre e foram divulgados na sexta-feira (4) –as informações são do Clarín.
Já a extrema pobreza subiu de
8,2% para 8,9%.
A pesquisa considera 31 áreas
urbanas do país, onde vivem cerca de 29 milhões de pessoas. Se o percentual do
estudo for estendido para toda a população do país, incluindo as áreas rurais,
estima-se que 18 milhões de pessoas vivam na pobreza –o país tem 45,8 milhões
de habitantes. A taxa de pobreza estimada no
2º trimestre é de 43%.
SITUAÇÃO ECONÔMICA DA
ARGENTINA
A inflação anual na Argentina
atingiu 115,6% em junho, o maior nível desde agosto de 1991. Para controlar a
alta nos preços, o Banco Central da República Argentina (BCRA) aumentou em maio
a taxa básica de juros, a LELIQ, de 91% para 97% ao ano. O índice está no maior
patamar da série histórica, iniciada em dezembro de 2015.
Para conter a inflação, o
governo elevou em maio a taxa de juros de 91% para 97% ao ano.
O reflexo do avanço da pobreza
no país foi capa dos jornais argentinos recentemente. Em 27 de junho, um
caminhão que transportava 23 toneladas de carne tombou numa rodovia do país. A
carga foi saqueada por moradores de uma cidade próxima. Imagens nas redes
sociais mostram pessoas arrastando grandes pedaços de carne aparentemente
bovina.
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