No momento em que o Ministério do Planejamento
busca revisão de gastos e o Ministério da Fazenda tenta zerar o déficit
público, o INSS prepara um pacote de medidas com potencial para gerar uma
economia de ao menos R$ 10 bilhões neste ano, disse ao GLOBO o presidente da
instituição, Alessandro Stefanutto. Estão na mira o auxílio-doença, o Benefício
de Prestação Continuada (BPC) e o seguro defeso, destinado a pescadores
artesanais.
Também faz parte da lista a ampliação do chamado
Atestmed, que permite obter o auxílio-doença nos afastamentos de até 180 dias
com base em atestado sem necessidade de perícia médica; e nomeação de
servidores concursados. O governo fará no segundo semestre o leilão da folha do
INSS para escolher bancos pagadores dos benefícios com novos parâmetros.
A revisão vai começar pelo BPC. Será feito um balanço para que alguns benefícios considerados “consolidados”, como casos de dependentes com autismo, por exemplo, não precisem passar por revisão. Os demais serão convocados a partir de maio para perícia médica, comprovação da renda familiar e checagem para avaliar se o segurado está acumulando o rendimento com outro benefício previdenciário ou seguro-desemprego, o que não é permitido.
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