A Confederação Nacional de
Municípios (CNM) informa que os repasses do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) referentes ao exercício de 2025 já foram integralmente
realizados. Os Municípios receberam oito parcelas, conforme definido pela
Resolução Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) 07/2024, que
reduziu o número de transferências de dez para oito anuais, sem redução do
valor total.
O último repasse ocorreu em
setembro de 2025, o que gerou dúvidas de gestores municipais que aguardavam
parcelas ainda este ano. A entidade esclarece que a alteração no cronograma é
nacional e atinge todos os entes federados, não se tratando de falhas ou
suspensões específicas. A CNM ressalta que, apesar das oito parcelas do
programa já terem sido pagas integralmente aos entes municipais, ainda há
processamentos pendentes relacionados ao PNAE creche, os quais, segundo
informações do FNDE, serão realizados até o final deste ano.
Por isso, não haverá novos
repasses do PNAE em 2025, uma vez que o total dos recursos previsto já foram
pagos dentro do novo fluxo estabelecido pelo FNDE.
Reprogramação de saldos
Outra questão envolve a nova alteração normativa publicada nesta segunda-feira,
1º de dezembro, que altera regras de gestão dos saldos. A Resolução
FNDE 18/2025 propõe uma atualização na Resolução CD/FNDE 7/2024,
modificando o art. 16 e com importantes mudanças para a organização financeira
dos entes.
A nova redação prevê que:
● Os saldos financeiros existentes no último dia útil de cada exercício poderão
ser reprogramados e utilizados até o 10º dia útil de fevereiro do exercício
seguinte, a partir de 2027; (anteriormente prevista para 2026)
● Novos créditos financeiros somente serão efetuados em contas com saldos
zerados; (Regra que também só será válida a partir de 2027)
A CNM orienta os gestores municipais para que fiquem atentos às alterações normativas, especialmente diante dos desafios enfrentados pelos Municípios para execução tempestiva dos recursos. Somente nas contas municipais dos programas regidos pela Resolução 7/2024, (PNAE, PNATE e PDDE Básico) estima-se que haja cerca de R$ 1,5 bilhão em saldos. “A Confederação tem reiterado que a acumulação de saldos decorre, em grande parte, de fatores que fogem ao controle dos gestores, principalmente o excesso de regramentos, a alta complexidade na aplicação dos recursos e a limitações operacionais das redes municipais. Ao condicionar novos créditos à inexistência de saldo, a normativa estimula uma gestão mais racional e previsível, mas ao mesmo tempo reforça a necessidade de simplificação e revisão de regras, que são pautas defendidas pela CNM”, lamenta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
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