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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

SUSPEITOS DE MATAR MENINO BOLIVIANO EM SP SÃO MORTOS DENTRO DA CADEIA

Os presos Paulo Ricardo Martins e Felipe dos Santos Lima, acusados de matar o boliviano Bryan Capcha, 5, foram assassinados na tarde desta sexta-feira no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Santo André, na Grande São Paulo. Segundo funcionários do sistema prisional, ambos foram envenenados com o coquetel da morte. Trata-se de uma mistura de cocaína, Viagra, água e até creolina.

Documento de identidade do boliviano Brayan Yanarico Capcha, 5, assassinado durante assalto à sua casa na zona leste de SP
Documento de identidade do boliviano Brayan Yanarico Capcha, 5, assassinado durante assalto à sua casa na zona leste de SP

Agentes penitenciários disseram que os presos estavam no pátio quando foram envenenados, por volta das 14h30. Eles chegaram a ser encaminhados para a enfermaria, mas não resistiram. Esse método foi criado em meados da década passada por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar seus inimigos. Somente na penitenciária de Iaras (a 285 km de São Paulo) foram mortos dez presos dessa maneira.

Diego Rocha Freitas é apontado como o autor do disparo que matou Brayan   Foto: Reprodução / Futura Press
Diego Rocha Freitas é apontado como o autor do disparo que matou Brayan
  

Com esse coquetel, a causa da morte é identificada como overdose e, dessa forma, é difícil chegar à autoria do homicídio. O CDP de Santo André é dominado por integrantes do PCC. Em nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) confirmou as mortes e informa que vai apurar as circunstâncias em que elas ocorreram. Cinco pessoas foram acusadas pela morte de Bryan. Um deles, menor de idade, está detido; dois continuam foragidos.

CASO
Os bandidos que participaram do crime aproveitaram a chegada de um tio da criança para invadir a residência, na zona leste de São Paulo. Os familiares de Capcha chegaram a entregar R$ 4.500, mas os bandidos, insatisfeitos, passaram a ameaçar todos dentro da casa.

De acordo com o boletim de ocorrência, o menino chorava muito no momento do assalto e os criminosos chegaram a dizer que cortariam a cabeça da criança, caso ela não parasse de gritar. Momentos antes de fugir, um dos bandidos disparou contra a cabeça do garoto. Ele foi levado ao pronto-socorro do Hospital São Mateus pelos próprios pais, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo um investigador, que preferiu não ter a identidade revelada, a maioria dos membros da família chegou há pouco tempo em São Paulo e ainda não fala bem português.

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