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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

REITOR AFASTADO DA UFSC É ENCONTRADO MORTO EM SHOPPING

Luiz Carlos Cancellier, reitor afastado da UFSC
O reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina, Luis Carlos Cancellier Olivo, foi encontrado morto nesta segunda-feira, 2, no Beiramar Shopping, em Florianópolis. Há a suspeita de que ele teria se jogado de um vão central do shopping. A carteira de habilitação do reitor foi encontrada em seu bolso. O Instituto Médico-Legal está no local e fez a identificação. Segundo a assessoria do IML, o corpo está passando por perícia.

Luis Carlos Cancellier de Olivo é investigado na Operação Ouvidos Moucos, que apura irregularidades na aplicação de recursos federais recebidos pela Universidade para curso de Ensino a Distância.O reitor foi preso pela Polícia Federal no dia 14 de outubro. A ordem de custódia temporária por cinco dias e de afastamento do cargo havia sido decretada em 25 de agosto pela juíza Janaína Cassol Machado, da 1ª Vara Federal de Florianópolis. O reitor e outros seis investigados foram soltos no dia seguinte pela juíza Marjôrie Cristina Freiberger, que substituía Janaína Cassol Machado, naquele dia, ausente por motivos médicos.
Reitor se jogou no vão central, informou o shopping (Foto: Roberta Guerreiro/Divulgação)
Reitor se jogou no vão central, informou o shopping (Foto: Roberta Guerreiro/Divulgação)
A delegada de Polícia Federal Erika Mialik Marena, da Operação Ouvidos Moucos, afirmou em representação à Justiça que Cancellier tentou “obstaculizar investigações internas”. A operação da PF apura irregularidades na aplicação de R$ 80 milhões em recursos federais recebidos pela UFSC relativos ao curso de Ensino a Distância. As investigações da Ouvidos Moucos começaram a partir de suspeitas de desvio no uso de recursos públicos em cursos de Educação à Distância oferecidos pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na Federal de Santa Catarina.

Segundo a PF, o sistema EaD/UAB recebe verbas em duas frentes: “a verba de custeio, gerida pelas fundações de apoio mediante contratos com a UFSC, e com todos os desvios, e a verba das bolsas Capes, que deveriam ser pagas aos professores e tutores do EaD”. Cancellier era reitor da Federal de Santa Catarina desde março de 2016. A PF afirma que o professor “criou a Secretaria de Educação à Distância, para estar acima do já existente Núcleo UAB, vinculando-a diretamente à Reitoria”. “Nomeou no âmbito do EaD os professores do grupo que mantiveram a política de desvios e direcionamento nos pagamentos das bolsas do EaD. 

Procurou obstaculizar as investigações internas sobre as irregularidades na gestão de recursos do EaD, pressionou para a saída da professora Taisa Dias do cargo de coordenadora do EaD do curso de Administração. Recebedor de bolsa do EaD via Capes e via Fapeu”, destacou a PF. A Ouvidos Moucos investiga repasses que totalizam cerca de R$ 80 milhões. Foi identificado que docentes da UFSC, empresários e funcionários de instituições e fundações parceiras teriam atuado para o desvio de bolsas e verbas de custeio por meio de concessão de benefícios a pessoas sem qualquer vínculo com a Universidade.

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