
Dois prédios no Largo do Paissandu, no Centro de São
Paulo, foram atingidos por um incêndio de
grandes proporções na madrugada desta terça-feira. Um edifício de 24 andares, onde o fogo
começou, desabou por causa das chamas. Ainda não há informações exatas sobre o
número de mortos ou feridos, mas, de acordo com bombeiros, pelo menos uma
pessoa morreu e outras quatro estão desaparecidas. A pessoa que morreu estava
sendo resgatada por uma corda de aço, quando o prédio veio abaixo. Cerca de 90
famílias ocupavam o local na hora em que o incêndio teve início.

Após desabamento, bombeiros tentam controlar Predio pega fogo e desabano centro de São Paulo . Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo - Edilson Dantas / Agência O Globo
O fogo começou num apartamento do 5º
andar, por volta de 1h20m, e se espalhou rapidamente, atingindo um edifício
vizinho. O segundo prédio foi evacuado e, de acordo com os bombeiros, não há
risco de desabar. Cerca de 160 homens trabalharam intensamente no combate às
chamas. Pelo menos três quarteirões foram isolados para o trabalho das equipes. A Defesa Civil está no local fazendo o
cadastramento de 150 famílias que moravam, de forma precária, no prédio que
desabou. O edifício, de acordo com testemunhas, é uma antiga instalação da
Polícia Federal, que estava desativada e fora ocupada por essas pessoas.
À TV Globo, o coronel Max Mena, do
Corpo de Bombeiros, falou sobre a vítima fatal. Segundo ele, o homem caiu no
momento do desabamento, quando já havia no local equipamento de segurança. Como
ele não foi encontrado, as buscas por seu corpo continuam. Equipes do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Defesa Civil, da Companhia de
Engenharia de Tráfego e da Polícia Militar também estão atuando no local.
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ANTES E DEPOIS: Região do Largo do Paissandu em imagem de 2017 e hoje (Foto: Google Maps/Marcelo Brandt/G1)
De acordo com o tenente André Elias,
não há risco de desabamento para o outro prédio atingido pelo fogo, apesar dos
danos estruturais. Além desse edifício, a Igreja Luterana de São Paulo, que é
um prédio centenário, ficou 80% atingida pelas chamas. Restaram o altar e a
torre, disse o pastor da igreja em entrevista à GloboNews. Em entrevista ao Bom Dia Brasil, o
prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que boa parte das famílias que ocupavam o
local era formada de estrangeiros (25%) e estava cadastrada em um programa de
ocupação da prefeitura.
- Essas pessoas serão realocadas em
outros lugares - afirmou.
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