A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou nesta terça-feira (6) um projeto que altera a Lei de Execução Penal e acaba com a possibilidade de saída temporária de presos em feriados e datas comemorativas, conhecida popularmente como "saidinha". A proposta foi aprovada pelo Senado em 2013 e pela Câmara dos Deputados em agosto de 2022. Como foi alterada pelos deputados, voltou para análise dos senadores. Agora, o texto segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Atualmente,
a legislação permite o benefício da saída temporária a presos que cumprem
diversos pré-requisitos. Entre eles:
- estar
em regime semiaberto;
- ter
cumprido pelo menos 1/6 da pena, se for réu primário;
- ter
cumprido pelo menos 1/4 da pena, se for reincidente;
- tiver
comportamento adequado no presídio.
Relator na Comissão de Segurança Pública, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu no parecer que a revogação da saída temporária “é medida necessária e que certamente contribuirá para reduzir a criminalidade”. O texto ainda estabelece a necessidade de um “exame criminológico” para que o preso consiga progressão do regime.
Segundo o projeto, para obter a progressão o resultado do exame deve indicar que o preso irá "ajustar-se, com autodisciplina, baixa periculosidade, e senso de responsabilidade, ao novo regime". O texto também cria novas situações em que a Justiça pode determinar a fiscalização por meio de tornozeleira eletrônica:
- livramento
condicional;
- execução
da pena nos regimes aberto e semiaberto; e
- restrição
de direitos relativa à proibição de frequentar lugares específicos.
Atualmente, a tornozeleira eletrônica pode ser utilizada para monitoramento das saídas temporárias do regime semiaberto e durante a prisão domiciliar.
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