Policiais e bombeiros militares querem recomposição salarial de 42%. Eles se baseiam em estudo do Dieese - Foto: Adriano Abreu
Policiais e bombeiros
militares rejeitaram a proposta do Governo do Estado de recomposição salarial
para a categoria, que seria de cerca de 13% aplicados a partir de 2025. O
percentual “é muito longe” do que pleiteiam os militares, que é de 42%, segundo
a representante da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros
Militares do RN (ASSPMBMRN). Os agentes de segurança se reuniram na tarde desta
segunda-feira (18) na Governadoria para cobrar melhorias salariais. A categoria
fez contraproposta ao Governo do Estado na ordem de 35%, que será avaliada pela
Secretaria de Estado de Administração. Pelo que apurou a TN, a proposta do
Governo do Estado foi a seguinte: reajuste de 6,62% a ser aplicado em 2025
(dividido em 2 parcelas) e outro reajuste em parcela única em 6,62% em 2026. O
valor, no entanto, é abaixo do pleiteado pelos militares, que é de 42%. Para
chegar nesse percentual, os militares se basearam em estudos técnicos
realizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(DIEESE). As categorias pleiteiam a recomposição desses valores.
As movimentações no entorno da
governadoria começaram por volta das 13h, com várias associações de militares
de todo o Rio Grande do Norte. Foram registradas caravanas de cidades como
Mossoró, Pau dos Ferros, Caicó e Currais Novos. Segundo informações dos
militares, há outras pautas em discussão, no entanto, os agentes resolveram, em
conjunto, focar apenas na pauta salarial no momento. “A categoria rejeitou
a proposta do Governo, já apresentamos contraproposta que será avaliada.
Faremos nova mobilização na próxima segunda-feira. A proposta do Governo foi de
em torno de 13%, mas é muito longe. Propusemos 35%, mas já queremos que em 2024
tenha algum percentual aplicado”, disse a presidente da Associação dos
Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN),
subtenente Márcia Carvalho.
O presidente da Associação de
Cabos e Soldados (ACS-RN), Paulo Cortez, disse que outra demanda da categoria é
com relação ao salário de soldado no RN, cobrando valorização da categoria como
um todo.
“A nossa principal reivindicação é referente às perdas salariais. Queremos
também o aumento do subsídio de 20% para 22,5% para os soldados. Desde o ano
retrasado que conversamos com o Governo sobre a pauta financeira. Deixar claro
que não é aumento, é recomposição salarial”, disse. Na última assembleia
geral, realizada no dia 07 de março no Clube Tiradentes, os servidores
deliberaram e votaram por unanimidade por paralisar a realização de diárias
operacionais. Por conta da abertura da negociação, diárias serão mantidas até o
próximo domingo. “Queremos a categoria aqui na governadoria na segunda-feira
mais uma vez”, acrescenta a presidente subtenente Márcia Carvalho.
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