O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de
novembro somará R$ 8,8 bilhões, com o repasse transferido nesta sexta-feira,
dia 29. Pelos dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com base nos
relatórios da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), pouco mais R$ 2,1
bilhões serão divididos entre os 5.568 governos municipais, referente ao
terceiro e último decêndio do mês. O valor já considera o desconto
constitucional destinado ao financiamento da educação. Sem a retenção do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), o chamado valores brutos, o último FPM do mês aumenta para
R$ 2,6 milhões.
A cifra representa 30% do montante total transferido aos cofres
municipais. Em comparação com novembro do ano passado, o fundo cresceu 11,70%,
sem considerar os efeitos da inflação. Quando aplicada a inflação do período, o
saldo positivo reduz para 8,82%. De janeiro até agora, também em relação a 2018, o
fundo apresenta crescimento de 8,96%, mas, quanto se considera a comportamento
da inflação, o avanço foi 5,12%. Esse resultado sinaliza uma melhora da
economia nacional, mas não representa alívio aos governos locais por fatores
diversos, inclusive a elevada transferência de responsabilidades ao longo dos
anos. “A expectativa dos gestores é que os recursos da cessão onerosa sejam
transferidos ainda este ano”, lembra o presidente da CNM, Glademir Aroldi.
Distribuição
Como a maioria das transferências federais, o fundo não apresenta uma
distribuição uniforme ao longo do ano. Além da retenção de 20% destinada ao
Fundeb, dos repasses aos Entes municipais também, os gestores devem aplicar 15%
em saúde de 1% deve ser destinado ao Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (Pasep). E, segundo Aroldi, o montante é divido entre as
prefeituras, a partir de fatores pré-definidos, dos quais a quantidade
populacional se sobressai.
Pelos critérios atuais, localidade com coeficiente
0,6 dividem R$ 525,9 mil. São 2.459 Munícipios neste grupo, e entre eles os
valores também não são igualitários. Como por exemplo, prefeituras de
coeficiente 0,6 do Amapá devem receber R$ 114.962,25, enquanto de São Paulo
ficam com R$ 216.242,00 sem os descontos constitucionais. No entanto,
proporcionalmente, a maior parte do fundo fica com as localidades com maior
população. Desse terceiro decêndio, R$ 340.459.230,31 serão destinados aos
Municípios de coeficientes 4,0 recebem, ou seja, a 166 localidades.
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Por Raquel Montalvão - Foto /Da Agência CNM de Notícias