Robinson Faria vai dialogar bastante com as entidades sindicais que representam os servidores.
O deputado estadual José Dias (PSD), um dos poucos que acreditaram no projeto eleitoral de Robinson Faria, me dizia ontem (4) que o primeiro desafio do governador eleito será a folha de pessoal. A folha não fecha desde setembro de 2013, forçando o governo a adiar o pagamento de parte dela. Na reunião da segunda-feira (3), pontapé inicial da transição, Rosalba chegou a declarar que vai entregar a folha em dia. Mas ela não tem essa certeza.
Ontem, o Tribunal de Justiça negou o pedido do governo de lançar mão de R$ 65 milhões da Previdência para custear o funcionalismo. Rosalba contava com esse remanejamento para equilibrar as contas. O desembargador Cláudio Santos, que negou o pedido, só autorizou o uso de R$ 20 milhões do Fundo Estadual de Desenvolvimento do Servidor Público. Ou seja, Rosalba continua com o abacaxi na mão, sem margem de manobra para colocar a folha em dia. Agora, ela fala apenas no esforço, na vontade e determinação para resolver o problema.
Esse é apenas um dos problemas que aguardam soluções do governador eleito. É preciso esperar o resultado do trabalho da equipe de transição para prever qualquer coisa, mas na Assembleia Legislativa já corre a notícia que o governador eleito será obrigado a renegociar aumentos e benefícios já concedidos a diversas categorias do serviço público. Isso será necessário para manter o gasto com pessoal dentro do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Robinson Faria vai dialogar bastante com as entidades sindicais que representam os servidores. Para isso, terá de contar com a ajuda providencial do Partido dos Trabalhadores, parceiro na futura gestão.
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